Forró invade Nova York com energia brasileira
O site IG publicou uma matéria informando que o Forró estar invadindo Nova York, confira abaixo essa matéria:
Onde nasceu, no nordeste do Brasil, o estilo de música popular tocado
com um acordeão conhecido como forró costumava ser ridicularizado como
sendo "música para empregadas domésticas e motoristas de táxi". Mas isso
já não é mais o caso: o estilo não apenas se tornou popular com uma
multidão descolada no Rio de Janeiro e São Paulo nos últimos anos, mas
também parece ter feito deste o Verão do Forró em Nova York.
Na sexta-feira de 20 de julho, a série Midsummer Night
Swing no Lincoln Center apresentou um show chamado "Mestres do Forró
Nordestino" no Parque Damrosch, precedido por aulas de dança. No sábado,
o Parque Battery foi palco de um show de forró, com ainda mais forró no
festival anual batizado de Brasil Summerfest, que neste ano acontece
entre os dias 21 a 28 de julho. Tudo isso acontecerá além da meia dúzia
de boates em Manhattan, Brooklyn e Queens que agora têm apresentações
regulares de forró ao vivo.
"Esse gênero está explodindo em Nova York apenas agora", disse Hap
Pardo, gerente de escritório e agente de reservas do Cafe Wha?, em
Greenwich Village, que instituiu as noites de segunda-feira de forró. "É
um estilo novo e nós queríamos fazer parte disso. Alguns dos meus
amigos estão praticando a capoeira (uma forma de arte brasileira que
mistura dança e artes marciais), e isso os levou a curtir essa nova
cena. Eles enxergam o forró como uma forma de se exercitar ao mesmo
tempo que se divertem".
O centenário do nascimento de Luiz Gonzaga, a maior estrela
do forró, ajuda a explicar parte da explosão de interesse, e o
espetáculo no Lincoln Center é um tributo a ele. Um artista dinâmico,
que tocava acordeão e cantava, Gonzaga, que morreu em 1989, também foi
autor de composições como "Asa Branca", uma canção sobre um camponês
expulso de sua terra devido à seca , tão popular no Brasil que é muitas
vezes chamada de o segundo hino nacional do país.
Exótico
Mas o boom em Nova York também parece ser movido pelo desejo
dos jovens consumidores de música por algo que soe novo e exótico, mas
que ainda seja dançante. Essa mudança é bem parecida com a evolução do
gênero no Brasil, onde cerca de uma década atrás sofisticados estudantes
universitários adotaram e adaptaram o estilo de forró antigo dando a
ele um toque novo para formar um estilo que hoje é conhecido como "forró
universitário".
"Essa é uma música muito viva, divertida e fácil de dançar",
disse Michelle Gelker, 28 anos, que estava no Cafe Wha? pela primeira
vez no mês passado. "Qualquer um pode dançar. Com certeza vou voltar e
trazer amigos".
A formação de um grupo de forró tradicional, no formato que Gonzaga
popularizou, é um trio com sanfona, triângulo e um bumbo chamado de
zabumba, às vezes aumentado com um tipo de violino chamado de rabeca e
uma espécie de flauta chamada de pífano. Bandas de forró mais jovens,
muitas vezes possuem também uma guitarra elétrica e percussão, por vezes
deixando de lado o acordeão, o que constitui uma das principais
divisões entre a velha e a nova guarda. Ambas, no entanto, serão
representadas no show de sexta à noite no Lincoln Center.
"O forró tem de ter acordeão, porque sem ele simplesmente não é
forró," disse o cantor Walmir Silva, 63 anos, em uma entrevista ao
telefone na semana passada, cantando em seguida um trecho de uma de suas
canções de sucesso: "'Forró sem acordeão, nem se preocupem em me chamar
pois eu não vou'. Este é o tipo de música que vai fazer você dançar até
perder os sapatos".
O Quarteto Olinda se juntará a Silva no show no Lincoln Center;
eles têm alguns instrumentos elétricos, mas não possuem um sanfoneiro.
Esse grupo também se apresentará no Joe’s Pub como parte de sua primeira
turnê nos EUA.
Para você conferir essa matéria completa é só acessar o site IG e para isso basta você clicar aqui.
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